A Caminho do Brasil: O que esperar da nova pickup compacta da Renault?

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Depois do sucesso do SUV médio Boreal, a Renault prepara seu próximo grande lançamento no Brasil: a picape intermediária Niagara. Prevista para estrear em 2026, a caminhonete ficará acima da Oroch e vai disputar espaço com Fiat Toro, Ram Rampage, Ford Maverick e as futuras picapes da Toyota e Hyundai. Além disso, a Renault aposta em design moderno e tecnologias já conhecidas do Boreal para se diferenciar no segmento.

Foto: Kleber Silva

Plataforma e motorização

A Renault decidiu usar a mesma plataforma monobloco do Boreal, garantindo estrutura moderna e segurança. Todas as versões — 4×2 e 4×4 — terão o motor 1.3 TCe flex, que também equipa o Boreal e o Duster. No Boreal, o propulsor entrega 163 cv com etanol e 156 cv com gasolina, com torque de 27,5 kgfm e 25,5 kgfm, respectivamente.

O câmbio será o automatizado DW23 de dupla embreagem, que já equipa o Kardian e a nova geração do Nissan Kicks. Além disso, a Renault planeja versões com câmbio manual, mas essas devem ser destinadas a outros mercados.

A marca também estuda lançar uma versão híbrida com tração 4×4 em um segundo momento. A plataforma RGMP já suporta eletrificação, então a Renault poderá adotar sistema híbrido leve (MHEV) ou híbrido paralelo (HEV).

Design e estilo

O visual da Niagara segue a linha do Boreal. Na dianteira, os faróis se integram ao conjunto, com luzes diurnas de LED posicionadas separadamente no para-choque. O capô elevado, a ampla abertura inferior com acabamento preto brilhante e o novo logotipo da Renault reforçam a aparência moderna.

Nas laterais, a picape traz maçanetas traseiras embutidas nas colunas, um detalhe pouco comum no segmento. As caixas de roda se destacam e o teto inclina levemente em direção à caçamba, evidenciando o estilo monobloco.

Na traseira, as lanternas devem ficar na horizontal, conectadas por uma faixa iluminada. A tampa da caçamba será convencional, sem divisões como na Fiat Toro. A Niagara terá cabine dupla e cerca de 5 metros de comprimento, ficando na média das rivais.

Competição e versões

A Fiat Toro será a rival mais desafiadora, principalmente para a versão 4×4, que vai disputar diretamente com as versões a diesel da concorrente. Por outro lado, a configuração 4×2 terá foco urbano e vai enfrentar as variantes equivalentes de outras marcas.

O portfólio da Niagara será enxuto, oferecendo tração dianteira ou integral, com foco em praticidade e versatilidade.

Produção e chegada ao Brasil

A Renault vai produzir a Niagara na fábrica de Córdoba, na Argentina, onde unidades pré-série já estão sendo montadas para testes. Em breve, protótipos camuflados devem circular nas ruas. O lançamento oficial está programado para o segundo semestre de 2026, como linha 2027.

Foto: Kleber Silva

A produção anual deve atingir 65 mil unidades, sendo que 70% serão exportadas. O Brasil será um dos principais destinos. Enquanto isso, a Oroch continuará em linha na fábrica de São José dos Pinhais (PR), voltada a frotas e vendas diretas.

Assim, a Renault Niagara chega como uma opção moderna e bem equipada no segmento de picapes intermediárias. Com plataforma monobloco, motor flex eficiente e design inspirado no Boreal, o modelo promete disputar mercado de forma equilibrada com líderes do setor. Além disso, com versões 4×2, 4×4 e planos para híbrido, a picape deve conquistar brasileiros que buscam um carro versátil, urbano e pronto para aventuras.

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