Chevrolet Opala: Legado e Especificações Técnicas

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O Chevrolet Opala é mais do que um carro; é um lenda da indústria nacional. Sua história remonta aos anos 60, quando a General Motors decidiu criar um veículo para o mercado nacional que incorporasse tecnologia, conforto e desempenho. Nascido de uma parceria entre a GM e a Opel, o Opala surgiu como uma resposta ao mercado brasileiro, tornando-se um dos carros mais amados e icônicos do país.

Foto: Reginaldo de Campinas
Foto: Reginaldo de Campinas

História do Chevrolet Opala

Em 1968, o Opala fez sua estreia no Brasil, trazendo consigo um design elegante e inovador para a época. Inspirado no Opel Rekord C alemão, o Opala foi um dos primeiros carros a ser produzido em larga escala no país, o que lhe conferiu um lugar especial no coração dos brasileiros.

O Opala passou por diferentes gerações, evoluindo em design, desempenho e tecnologia ao longo dos anos. Sua produção se estendeu até 1992, deixando uma marca indelével na história automobilística brasileira. O carro foi disponibilizado em várias carrocerias, incluindo sedãs de duas e quatro portas, cupês e versões perua, atendendo a diferentes necessidades e preferências dos consumidores.

Foto: Reginaldo de Campinas
Foto: Reginaldo de Campinas

Design

O Opala destacava-se pelo seu design aerodinâmico e linhas elegantes, características que o tornavam visualmente distintivo. Seu capô longo e traseira curta davam-lhe um aspecto esportivo, enquanto os detalhes cromados conferiam-lhe um toque de sofisticação.

Chevrolet Opala Comodoro Coupe 1978 / Foto: Reginaldo de Campinas
Chevrolet Opala Comodoro Coupe 1978 / Foto: Reginaldo de Campinas

Motor e Desempenho

Uma das características mais marcantes do Opala era seu motor robusto e potente. Inicialmente, o modelo foi lançado com um motor de seis cilindros em linha de 4.1 litros, posteriormente reduzido para 3.8 litros devido a regulamentações de consumo de combustível. Com uma potência que variava entre 88 e 171 cavalos, o Opala oferecia um desempenho que se destacava na estrada e nas pistas.

Foto: Reginaldo de Campinas
Foto: Reginaldo de Campinas

Tecnologia

Para sua época, o Opala trazia inovações tecnológicas e de conforto. Seu interior espaçoso e bem acabado oferecia conforto aos ocupantes, enquanto recursos como direção hidráulica, ar condicionado, vidros elétricos e rádio demonstravam o compromisso da GM em proporcionar uma experiência de condução agradável e conveniente.

Chevrolet Opala Comodoro Coupe 1978 / Foto: Reginaldo de Campinas
Chevrolet Opala Comodoro Coupe 1978 / Foto: Reginaldo de Campinas

Opala Comodoro

Em 1975, a linha Opala recebeu uma remodelação visual, incluindo o lançamento da Caravan. Nesse ano, uma nova versão de luxo chamada Comodoro substituiu a Gran Luxo, com detalhes como interior com apliques de jacarandá, teto de vinil “Las Vegas” (exclusivo para o modelo coupé) e um filete pintado na linha de cintura da carroceria.

Em 1980, o Comodoro se tornou uma opção intermediária na linha Opala devido ao lançamento da versão Diplomata, mas ainda era a versão topo de linha para a Caravan, que recebeu a versão Diplomata em 1986. Em 1988, o Comodoro foi renomeado como Comodoro SL/E. Além disso, algumas edições especiais do Comodoro tinham características exclusivas, como teto vinílico, rodas esportivas de magnésio e teto solar, gerando discussões entre os entusiastas de carros antigos.

Chevrolet Opala Comodoro Coupé 1978 – Ficha Técnica

Desempenho

  • Aceleração 0-100 km/h: 17 s
  • Velocidade máxima: 155 km/h

Motor

  • Código do motor: 151-S
  • Cilindros: 4 em linha
  • Cilindrada: 2.471 cm³
  • Potência máxima: 98 cv a 4.800 rpm
  • Torque máximo: 19,8 kgfm a 2.600 rpm
  • Alimentação: Carburador
  • Aspiração: Natural
  • Disposição: Longitudinal
  • Instalação: Dianteiro
  • Comando de válvulas: No bloco, engrenagens
  • Válvulas por cilindro: 2
  • Tuchos: Hidráulicos
  • Curso do pistão: 76,2 mm
  • Diâmetro do cilindro: 101,6 mm
  • Razão de compressão: 7,5:1
  • Potência específica: 39,7 cv/litro
  • Torque específico: 8,0 kgfm/litro
  • Peso/potência: 11,4 kg/cv
  • Peso/torque: 56,6 kg/kgfm

Transmissão

  • Acoplamento: Embreagem monodisco a seco
  • Câmbio: Manual, 4 marchas
  • Tração: Traseira

Dimensões

  • Comprimento: 4.671 mm
  • Largura: 1.758 mm
  • Altura: 1.359 mm
  • Distância entre-eixos: 2.667 mm
  • Bitola dianteira: 1.410 mm
  • Bitola traseira: 1.410 mm
  • Peso: 1.120 kg
  • Porta-malas: 430 litros
  • Tanque de combustível: 54 litros
  • Vão livre do solo: 150 mm

Direção

  • Assistência: Hidráulica
  • Diâmetro mínimo de giro: Não informado

Suspensão

  • Dianteira: Independente, braços sobrepostos
  • Elemento elástico: Mola helicoidal
  • Traseira: Eixo rígido

Freios

  • Dianteiros: Disco sólido
  • Traseiros: Tambor

Consumo e Autonomia

  • Consumo urbano (G): 8 km/l
  • Consumo rodoviário (G): 11 km/l
  • Autonomia urbana (G): 432 km
  • Autonomia rodoviária (G): 594 km

Opala Diplomata

Em 1980, o Opala passou por reformulações estéticas e funcionais, com o lançamento da versão Diplomata e ajustes no interior e nos opcionais oferecidos. Em 1985, houve outra atualização estética, com adições de conforto, como vidros, travas e retrovisores elétricos, além de melhorias funcionais.

Chevrolet Opala Comodoro Coupe 1978 / Foto: Reginaldo de Campinas
Chevrolet Opala Comodoro Coupe 1978 / Foto: Reginaldo de Campinas

Em 1988, as versões foram renomeadas, com mudanças significativas na frente e traseira, embora o interior tenha tido poucas alterações. Destacam-se as novidades, como volante, iluminação indireta nos instrumentos e recursos raros na época, como ajuste de altura da coluna de direção e ar condicionado com saída para os passageiros do banco traseiro. A linha continuou a receber melhorias estéticas, mecânicas, elétricas e de conforto até o encerramento da produção.

Foto: Reginaldo de Campinas
Foto: Reginaldo de Campinas

No final de 1989, a versão duas portas foi descontinuada. Em meados de 1990, o Diplomata SE não mais contava com motorização de quatro cilindros, e o motor 4100 foi aprimorado para maior economia, aumentando ligeiramente a potência declarada. Nesta fase, os exemplares se diferenciavam por detalhes, como a ausência de frisos no entorno da lanterna traseira e a ausência de para-choques envolventes. A partir de 1990, os motores 4100 deixaram de ser oferecidos na versão movida a álcool.

Seja pela nostalgia ou pelo reconhecimento de sua importância na indústria automobilística do país, o Chevrolet Opala permanece como um ícone atemporal e um testemunho do talento e da engenhosidade da indústria automotiva brasileira.

Foto: Reginaldo de Campinas
Foto: Reginaldo de Campinas

Chevrolet Opala Diplomata 4.1/S – Ficha Técnica

O Chevrolet Opala foi um carro icônico produzido no Brasil entre 1968 e 1992. Abaixo, segue uma ficha técnica geral de um dos modelos mais populares do Opala:

  • Motor:
    • Tipo: Seis cilindros em linha
    • Capacidade: 4.1 litros (pode variar em diferentes versões)
    • Potência: Aproximadamente 171 a 171 cavalos (dependendo da geração e ajustes)
    • Combustível: Gasolina (posteriormente alguns modelos também utilizaram álcool)
  • Transmissão:
    • Tipo: Manual de 4 marchas (padrão na maioria dos modelos) ou automático de 3 marchas
  • Desempenho:
    • Velocidade máxima: Cerca de 170-180 km/h (pode variar de acordo com o modelo e ajustes)
    • Aceleração (0-100 km/h): Aproximadamente 10-12 segundos
  • Dimensões:
    • Comprimento: Cerca de 4,7 metros
    • Largura: Aproximadamente 1,7 metros
    • Altura: Em torno de 1,4 metros
    • Entre eixos: Cerca de 2,7 metros
  • Peso:
    • Varia entre 1.300 kg a 1.500 kg, dependendo da configuração e modelo
  • Suspensão:
    • Dianteira: Independente, com molas helicoidais e amortecedores telescópicos
    • Traseira: Eixo rígido, com molas helicoidais e amortecedores telescópicos
  • Freios:
    • Dianteiros: Discos
    • Traseiros: Tambores
  • Capacidade do Tanque de Combustível: Aproximadamente 70 litros
  • Produção: Fabricado no Brasil entre 1968 e 1992

Em suma, o Chevrolet Opala foi um carro muito apreciado por seu desempenho, conforto e confiabilidade mecânica, tornando-se um ícone da indústria automotiva brasileira. Foi produzido em diversas versões e ao longo dos anos passou por atualizações e variações em termos de motorização e equipamentos.

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