O mercado de carros elétricos no Brasil está esquentando, e a Renault não quer ficar para trás. O Kwid e-Tech, um dos modelos elétricos mais acessíveis do país, está de volta com um visual totalmente repaginado e uma grande novidade estratégica: uma versão Cargo desenvolvida especialmente para frotas de entregas.

Depois de anos de especulação, a montadora francesa finalmente confirmou a chegada do modelo atualizado para 2025, colocando-se em posição de desafiar o atual campeão de vendas, o BYD Dolphin Mini. Mas será que essas mudanças são suficientes para reconquistar o público? Vamos explorar todos os detalhes.
Um visual mais moderno, mas a mesma essência
Quem acompanha o mercado de elétricos sabe que o Kwid e-Tech já era esperado no Brasil há mais de três anos. A boa notícia é que ele chega com uma reestilização completa, seguindo a linguagem do Dacia Spring – modelo vendido na Europa pela subsidiária romena da Renault.

Apesar da maquiagem externa, a parte mecânica permanece basicamente a mesma do modelo atual. O motor elétrico mantém 65 cv de potência e 11,5 kgfm de torque, enquanto a bateria segue com 26,8 kWh de capacidade. Não é um salto tecnológico, mas a Renault aposta que o design mais atraente será um diferencial importante.

Na traseira, as mudanças são evidentes: o carro ganhou lanternas conectadas por uma faixa preta, além da opção de ter o nome “Renault” em destaque na tampa do porta-malas – um detalhe que tenta passar uma imagem mais premium. A frente também foi redesenhada, com faróis mais estreitos e uma grade que lembra outros elétricos da marca.
Versão Cargo: a aposta da Renault para o mercado corporativo
Um dos trunfos do novo Kwid e-Tech é a variante Cargo, desenvolvida especialmente para frotas de entregas e serviços urbanos. Com 3,70 metros de comprimento, o carro mantém suas características de facilidade de manobra e estacionamento, mas agora com adaptações pensadas para quem precisa de espaço útil e eficiência no dia a dia.

A expectativa é que essa versão traga maior capacidade de carga e um interior otimizado para transporte, possivelmente com bancos traseiros removíveis ou um compartimento ampliado. Se a Renault acertar no preço, pode conquistar empresas que buscam reduzir custos com combustível e manutenção – dois pontos fortes dos elétricos.
A batalha contra o BYD Dolphin Mini está declarada
Não dá para falar do Kwid e-Tech sem mencionar seu principal rival: o BYD Dolphin Mini, atual líder de vendas no segmento de elétricos acessíveis no Brasil. O carro chinês conquistou o público com design arrojado, tecnologia embarcada e preço competitivo.

A Renault, no entanto, não está disposta a ceder espaço. O novo Kwid e-Tech deve chegar ao mercado na faixa dos R$ 115 mil, mesmo patamar do Dolphin Mini. A estratégia é clara: oferecer um produto com identidade renovada, sem perder o apelo de custo-benefício.
O desafio, porém, vai além do preço. O Dolphin Mini criou uma imagem mais premium entre os compactos elétricos, enquanto o Kwid ainda carrega a herança do modelo a combustão – conhecido por ser econômico, mas simples. A Renault precisará convencer o público de que o e-Tech é um elétrico moderno, e não apenas uma versão “verde” do Kwid tradicional.
Interior: evolução discreta, mas com melhorias
As mudanças externas são visíveis, mas e por dentro? A Renault promete um interior mais refinado, com materiais de melhor qualidade e um painel redesenhado para oferecer mais conectividade e conforto.

Apesar de não ser uma mudança radical, a atualização deve incluir novos acabamentos, um sistema multimídia mais responsivo e possivelmente assistente de direção mais completo. São melhorias que, somadas ao visual renovado, podem fazer diferença na hora da decisão de compra.
Uma disputa que só está começando
O BYD Dolphin Mini saiu na frente e dominou as vendas em 2024, mas a Renault está pronta para reagir. Com um design mais atual, a versão Cargo para frotas e um preço competitivo, o Kwid e-Tech chega para disputar cada cliente no crescente mercado de elétricos acessíveis.

Ainda é cedo para dizer se o modelo conseguirá superar o Dolphin Mini em vendas e preferência do público. Mas uma coisa é certa: a concorrência está ficando mais acirrada, e no final das contas, quem ganha é o consumidor, com mais opções e tecnologias evoluindo a cada lançamento.
E você, está mais para o Kwid e-Tech ou para o Dolphin Mini? Qual desses elétricos compactos tem mais chance de conquistar o mercado? Deixe sua opinião nos comentários!