O Jeep Commander 2026 chegou com pequenas mudanças no visual, novidades no pacote de equipamentos e uma boa notícia: o SUV de sete lugares ficou mais barato. Mantendo o conforto e o espaço que o consagraram, o modelo aposta em mais tecnologia e um design atualizado.
Mudanças na linha e preços atualizados
A Jeep reorganizou a linha do Commander. Agora, o SUV não tem mais versões com cinco lugares — todas passam a sair de fábrica com sete assentos. Mesmo assim, a versão de entrada Longitude ficou R$ 10.500 mais barata, custando agora R$ 220.990. Já o restante da gama também teve reduções de preço. A Limited sai por R$ 246.990, a Overland por R$ 273.990, e a Overland Diesel custa R$ 308.490. No topo, a Blackhawk, equipada com motor 2.0 turbo a gasolina, chega por R$ 324.990, o que representa uma queda de R$ 16 mil em relação ao modelo anterior. Por outro lado, as versões Longitude T270 de cinco lugares e Overland Hurricane saíram de linha.
Em resumo, todas as versões do Jeep Commander 2026 estão mais acessíveis, tornando o SUV de sete lugares uma opção mais interessante dentro do segmento.
Visual atualizado e mais personalidade
No design, o Jeep Commander recebeu um novo para-choque e uma grade redesenhada, alinhando o visual aos lançamentos mais recentes da marca. O DRL (luz diurna) agora aparece acima dos faróis, enquanto os faróis de neblina foram reposicionados e ficaram mais largos. A versão topo de linha Blackhawk traz detalhes pintados em preto brilhante, reforçando o apelo esportivo.
Nas laterais, o SUV ganhou novas rodas — de 18 ou 19 polegadas, dependendo da versão — com desenho e acabamento escurecido nas opções mais caras. A traseira também foi renovada, com lanternas redesenhadas e interligadas por uma faixa de LED vermelha, novidade inédita no modelo. Essa é, aliás, a primeira reestilização do Commander desde o seu lançamento em 2021, e o objetivo, segundo a marca, foi dar mais personalidade ao carro.
Espaço interno e dimensões
O Jeep Commander manteve suas dimensões originais, com 4,77 metros de comprimento, 1,86 m de largura, 1,70 m de altura e 2,79 m de entre-eixos. O porta-malas oferece 233 litros de capacidade com os sete assentos em uso e 661 litros com a terceira fileira rebatida. Isso significa que o compartimento é mais generoso que o do Toyota SW4, mas menor que o do Caoa Chery Tiggo 8.
Comparando os números, o Commander mede 4,77 metros de comprimento e tem entre-eixos de 2,79 m, enquanto o SW4 é um pouco maior, com 4,80 m, mas oferece apenas 180 litros de porta-malas (ou 500 litros com a terceira fileira rebatida). Já o Tiggo 8, por sua vez, tem 4,70 metros e capacidade de 889 litros com a última fileira dobrada.
Interior e equipamentos
Por dentro, o Commander 2026 mantém o mesmo painel digital de 10,25 polegadas e a central multimídia de 10,1 polegadas, compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. O ar-condicionado digital de duas zonas e o carregador de celular por indução continuam disponíveis, garantindo o conforto e a praticidade já conhecidos.
Uma das principais novidades do interior é o novo câmbio giratório, que substitui a antiga alavanca tradicional — mas esse recurso está disponível apenas nas versões Overland Diesel e Blackhawk. Essas duas também contam com câmera 360°, assim como a Overland T270.
Todas as configurações trazem um pacote completo de assistentes de condução, incluindo alerta de colisão com frenagem automática, detecção de ponto cego e de tráfego cruzado, alerta de mudança de faixa, frenagem de emergência para pedestres e ciclistas, detector de fadiga, reconhecimento de placas de velocidade, controle de cruzeiro adaptativo e comutação automática dos faróis. Ou seja, o Commander 2026 está mais seguro e moderno, mesmo nas versões de entrada.
Motores e desempenho
Quem esperava pelo Commander híbrido ainda vai ter que esperar um pouco mais. O sistema de 48V está previsto apenas para 2026. Por enquanto, o SUV continua com as mesmas três motorizações conhecidas.
Nas versões de entrada, o Commander vem equipado com o motor 1.3 turbo flex (T270), de quatro cilindros e injeção direta, que entrega até 176 cv de potência e 27,5 kgfm de torque, sempre com câmbio automático de seis marchas e tração dianteira.
Já o motor 2.2 turbodiesel, que chegou ao modelo em 2025, é o mesmo Multijet II utilizado na Ram Rampage. Ele oferece 200 cv de potência e 45,9 kgfm de torque, combinado ao câmbio automático de nove marchas e tração 4×4.
Por fim, a versão Blackhawk é a única equipada com o motor 2.0 turbo a gasolina (Hurricane), que gera 272 cv e 40,8 kgfm de torque, também com câmbio automático de nove marchas e tração integral. Com esse conjunto, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 7 segundos, um desempenho bem próximo ao do Volkswagen Jetta GLi, que faz o mesmo em 6,7 segundos.
Consumo
Segundo dados do Inmetro, as versões com motor 1.3 turbo flex fazem 7 km/l na cidade e 8,3 km/l na estrada com etanol, ou 9,9 km/l e 11,4 km/l com gasolina. O Commander a diesel entrega médias de 8,8 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada, enquanto o 2.0 turbo a gasolina (Hurricane) é o mais eficiente do trio, registrando 10,3 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada.
Apesar de ser a versão mais potente, a Blackhawk compensa o consumo maior com desempenho superior e um visual exclusivo, focado em esportividade.
O Jeep Commander 2026 chega ao mercado mais moderno, mais bonito e, principalmente, mais barato. Mesmo sem a tão aguardada versão híbrida, prevista para o próximo ano, o Commander continua atraente frente a rivais como o Toyota SW4 e o Caoa Chery Tiggo 8. Para quem procura um SUV espaçoso, tecnológico e com visual renovado, o novo Commander 2026 se mostra uma das escolhas mais completas da categoria.
