Corolla Cross despenca mais de 50% e Hilux brilha em vendas

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A Toyota vive um momento delicado no mercado brasileiro. A forte tempestade que atingiu o interior de São Paulo, em setembro, destruiu parte da fábrica de motores em Porto Feliz. Com isso, a planta de Sorocaba, onde são produzidos o Corolla e o Corolla Cross, ficou paralisada. Agora, os efeitos começam a aparecer nas vendas.

Toyota Corolla Cross

Corolla Cross despenca no ranking

O Toyota Corolla Cross foi o modelo mais afetado pela paralisação. Segundo dados da Fenabrave, o SUV registrou 3.609 emplacamentos em outubro, uma queda de 50,4% em relação a setembro, quando somou 7.282 unidades. O modelo despencou da 7ª para a 26ª posição no ranking dos mais vendidos.

Durante os próximos meses, a fábrica vai produzir apenas as versões híbridas do Corolla e do Corolla Cross, usando motores importados do Japão. As linhas voltaram a funcionar no dia 3 de novembro, mas ainda com ritmo reduzido.

Segundo a Toyota, o objetivo é compensar a produção perdida entre setembro e outubro. Mesmo assim, a recuperação será lenta. Apenas 19,4% das vendas do SUV são de versões híbridas, o que limita o impacto dessa retomada. A marca espera normalizar a produção no primeiro trimestre de 2026.

Corolla sente menos o impacto

O Corolla sedã também sofreu, mas em menor grau. Depois de vender 3.121 unidades em setembro, o modelo fechou outubro com 2.287 emplacamentos, queda de 20,7%. Ainda assim, o sedã continua líder no segmento e mantém boa procura.

Vale lembrar que, antes dos danos à fábrica, o desempenho da Toyota era excelente. Em agosto, o Corolla Cross teve seu melhor resultado histórico, com 7.736 unidades vendidas. Naquele mês, foi o SUV mais vendido do Brasil, superando Volkswagen T-Cross e Hyundai Creta.

Hilux assume o protagonismo

Com o Corolla e o Corolla Cross em baixa, a Hilux passou a liderar as vendas da marca. Produzida na Argentina, a picape não foi afetada pelos problemas na produção paulista. Em outubro, teve 5.204 unidades vendidas, o segundo melhor resultado do ano.

Hilux

A Hilux SW4 também cresceu. Subiu de 1.310 para 1.421 emplacamentos no mesmo período. Esse bom desempenho das picapes ajudou a equilibrar as perdas entre os carros de passeio.

Marca perde espaço, mas mantém posição

Desse modo, com a queda de seus principais modelos, a Toyota caiu da 5ª para a 10ª posição entre as montadoras de automóveis de passeio. As vendas recuaram 37,4%, passando de 11.907 para 7.452 unidades.

Por outro lado, o desempenho nos comerciais leves foi melhor. A Toyota avançou de 4ª para 3ª colocação, com crescimento de 26,4%. No total, a marca emplacou 12.763 veículos em outubro, ante 16.108 em setembro. Apesar da redução, manteve o 5º lugar geral, mas agora sob pressão de Jeep e Renault.

A Toyota enfrenta meses desafiadores no Brasil. A destruição da fábrica de motores em Porto Feliz afetou fortemente a produção e as vendas. Enquanto o Corolla Cross e o Corolla aguardam normalização, a Hilux sustenta os números da marca. A expectativa é que a situação volte ao normal no início de 2026, com a retomada completa das operações e o equilíbrio das vendas.

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