A Argentina segue como o principal destino dos carros fabricados no Brasil. Basta andar por lá para ver como os modelos brasileiros dominam as ruas do país vizinho. Mas isso não significa que os argentinos compram os mesmos carros que fazem sucesso por aqui.

Uma prova curiosa disso é o Toyota Yaris, que foi o carro mais vendido na Argentina em julho de 2025. O compacto produzido em Sorocaba (SP) emplacou 3.641 unidades no mês e deixou para trás dois concorrentes de peso: o Fiat Cronos, com 3.113 unidades, e a picape Toyota Hilux, com 2.529 registros.
Brasileiros também brilham por lá
Além do Yaris, outros modelos exportados do Brasil se destacaram no top 10 argentino. É o caso do Volkswagen Polo, do Toyota Corolla Cross, do Renault Kwid e do Chevrolet Onix. Todos com boa presença nas ruas argentinas e fabricados por aqui.
Yaris vai bem fora, mas nunca brilhou por aqui
É curioso ver o Yaris no topo das vendas da Argentina, considerando que nunca foi um sucesso de vendas no Brasil. Desde o seu lançamento por aqui em 2018, o modelo teve desempenho discreto nas concessionárias, mesmo com a reputação da Toyota e a oferta nas versões hatch e sedã.
Apesar das qualidades, o mercado brasileiro nunca abraçou totalmente o Yaris. E isso ajudou a direcionar os rumos do modelo.
Hoje, Yaris é feito só para exportação
Atualmente, o Toyota Yaris segue em produção, mas exclusivamente para atender mercados como o da Argentina. Por aqui, a marca já prepara a chegada do Yaris Cross, um SUV novinho em folha e mais alinhado com o gosto do consumidor brasileiro, que tem preferido esse tipo de carro.
Ainda assim, algumas unidades zero-quilômetro do Yaris ainda podem ser encontradas à venda no Brasil. Ou seja, quem é fã do modelo ainda pode tentar garantir um exemplar novinho antes que ele desapareça de vez das lojas nacionais.
Enquanto no Brasil o Yaris vive um momento discreto e se despede do mercado aos poucos, na Argentina ele reina absoluto nas vendas. Isso mostra como os gostos e prioridades dos consumidores podem variar bastante de um país para o outro – mesmo sendo tão próximos geograficamente. E também revela o papel estratégico que o Brasil tem na produção e exportação de veículos para toda a América do Sul.