Montadora Dacia está cada vez mais perto de carro elétrico barato

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A Dacia, marca de baixo custo do Grupo Renault, apresentou o conceito Hipster, um protótipo 100% elétrico criado para oferecer transporte individual acessível e com menor impacto ambiental. A proposta surge em um momento em que a Europa vive uma corrida por carros elétricos baratos, impulsionada pelo avanço das marcas chinesas e pela pressão da União Europeia por produção local.

Dacia Hispster / Foto: Dacia

Elétricos de 20 mil euros: o novo desafio europeu

Nos últimos meses, grandes fabricantes como Renault, Citroën e Volkswagen anunciaram planos para lançar carros elétricos compactos na faixa dos 20 mil euros. O objetivo é claro: oferecer modelos urbanos que combinem preço baixo, eficiência e fabricação europeia.

Entre os principais exemplos estão o Citroën ë-C3 e o futuro Renault Twingo elétrico, que fazem parte dessa nova geração de veículos simples e práticos. Dentro desse cenário, o Dacia Hipster aparece como a resposta mais racional da marca — um elétrico leve, de design funcional e custo de produção reduzido.

Além disso, o modelo reforça a importância da produção local, já que a União Europeia busca conter a entrada de veículos chineses por meio de tarifas e políticas de incentivo às marcas regionais.

Proposta e dimensões

O Hipster tem 3,00 metros de comprimento, 1,55 m de largura e 1,53 m de altura, com quatro lugares e porta-malas ajustável que varia de 70 a 500 litros.
Segundo a Dacia, o conceito busca reduzir em até 50% a pegada de carbono em comparação com os elétricos atuais. Para isso, aposta em materiais leves e processos de fabricação simplificados.

Assim, o carro se posiciona como uma alternativa real para quem quer mobilidade elétrica a um custo reduzido e sem abrir mão da praticidade no dia a dia.

Design e construção

O estilo do Hipster segue a filosofia prática da marca. As linhas retas e painéis planos otimizam o espaço interno e facilitam a produção.
Na dianteira, o destaque fica para os faróis quadrados e a grade horizontal, enquanto a traseira adota lanternas verticais e o nome Dacia centralizado na tampa.

Enquanto isso, o teto envidraçado e as janelas verticais ajudam a ampliar a sensação de espaço e luz natural dentro do carro. Dessa forma, o design combina funcionalidade com um toque de modernidade.

Interior e tecnologia

O interior reflete o espírito minimalista do projeto. O Hipster usa o conceito BYOD (Bring Your Own Device), em que o celular do motorista assume várias funções — ele substitui o multimídia, a chave e até o sistema de som, com ajuda de uma caixa Bluetooth portátil.

Além disso, há 11 pontos de fixação internos para acessórios modulares, permitindo personalizar o ambiente de acordo com o uso. Com isso, o modelo oferece liberdade e simplicidade ao mesmo tempo.

Produção e futuro

Por enquanto, o Dacia Hipster é apenas um conceito, sem confirmação de chegada às linhas de montagem. Mesmo assim, ele mostra o caminho que a marca pretende seguir: carros elétricos urbanos, acessíveis e produzidos na Europa.

Foto: Dacia

Desse modo, a estratégia faz parte de um plano mais amplo do Grupo Renault, que deve lançar uma nova geração de elétricos entre 20 mil e 25 mil euros até 2027. Portanto, o Hipster antecipa o futuro da mobilidade acessível dentro da própria aliança franco-romena.

O Dacia Hipster simboliza a busca por uma mobilidade elétrica verdadeiramente popular. Ao combinar simplicidade, leveza e custo baixo, o modelo reforça o papel da Dacia como a “marca do essencial” dentro da Renault. Se virar realidade, pode se tornar um dos elétricos mais baratos do mercado europeu — e, consequentemente, o primeiro passo para uma nova fase dos carros urbanos na Europa.

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