Novo Tiggo 7 Sport: O que torna o SUV tão diferenciado?

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O Tiggo 7 Sport virou um caso raro no mercado brasileiro. Ele custa como um SUV de entrada, mas entrega porte, espaço e presença de SUV médio. E isso muda completamente o jogo.

Caoa Chery Tiggo 7 Sport / Foto: Divulgação

Para se ter uma ideia clara, estamos falando de um modelo que entra na mesma conversa de Jeep Compass, Toyota Corolla Cross, BYD Song, GWM Haval H6 e Volkswagen Taos, porém com preço alinhado a Volkswagen Tera, Renault Kardian, Fiat Pulse e Honda WR-V. Essa combinação ajuda a explicar por que o modelo incomoda tanto os concorrentes.

Preço congelado e proposta agressiva

O valor oficial é de R$ 139.990. O mais curioso é que esse preço está mantido desde abril, algo extremamente incomum no Brasil, onde reajustes são quase regra.

Além disso, por esse mesmo valor, não é possível comprar versões topo de linha dos SUVs de entrada. Tera High, Kardian Iconic, Pulse Impetus Hybrid e WR-V EXL custam igual ou até mais. Ainda assim, nenhum deles entrega o mesmo porte ou nível de sofisticação geral.

Por isso, o custo-benefício aparece como o maior trunfo do modelo.

Dimensões que colocam o SUV em outro patamar

Nos números, a vantagem fica ainda mais evidente.

São 4,50 metros de comprimento, 2,67 metros de entre-eixos e porta-malas de 525 litros. Para efeito de comparação, o WR-V, um dos maiores SUVs de entrada, mede 4,32 metros e oferece 458 litros no bagageiro.

Na prática, isso significa mais conforto para quem viaja no banco traseiro e mais facilidade no dia a dia, seja para família ou viagens.

Motor, acabamento e proposta geral

O conjunto mecânico também ajuda a sustentar a proposta. O motor 1.5 turbo flex entrega até 150 cv e trabalha com câmbio CVT, focado mais em conforto do que em esportividade.

O acabamento surpreende, principalmente considerando o preço. O nível de conforto está acima da média do segmento de entrada e próximo ao de SUVs médios mais caros. Isso ajuda a reforçar a sensação de que se está levando um carro de categoria superior.

O que pesa contra o Tiggo 7 Sport

Nem tudo é perfeito, e aqui começam os pontos que merecem atenção.

O principal deles é a ausência total de pacote ADAS. Não há controle de cruzeiro adaptativo, alerta de faixa ou frenagem autônoma, nem mesmo como opcional. Em um mercado cada vez mais focado em segurança ativa, isso pesa.

Outro ponto é o consumo, que fica abaixo do de alguns concorrentes, especialmente na cidade. Além disso, o desempenho é correto, mas não empolga.

Por fim, alguns itens presentes nas versões mais caras da linha ficaram de fora, como porta-malas elétrico e câmeras 360º. Mesmo assim, o preço competitivo ajuda a equilibrar a conta.

5 pontos fortes do Tiggo 7 Sport

  1. Preço de SUV de entrada com porte de SUV médio

  2. Dimensões e porta-malas muito acima da média do segmento

  3. Bom nível de equipamentos de conforto desde a versão básica

  4. Interior bem acabado, com painel digital, bancos elétricos e bom espaço traseiro

  5. Conjunto geral que entrega excelente custo-benefício

5 pontos fracos do Tiggo 7 Sport

  1. Ausência total de tecnologias ADAS

  2. Consumo urbano considerado elevado

  3. Desempenho apenas mediano para um SUV turbo

  4. Alguns equipamentos cortados em relação às versões superiores

  5. Falta de campanhas de desconto ou bônus

Ficha técnica resumida

  • Motor 1.5 turbo flex

  • Potência de até 150 cv

  • Torque de 21,4 kgfm

  • Câmbio CVT com 9 marchas simuladas

  • Tração dianteira

  • Porta-malas de 525 litros

  • Comprimento de 4.500 mm

  • Entre-eixos de 2.670 mm

  • Tanque de 51 litros

  • Rodas aro 18

  • Garantia de 5 anos

Vale a pena comprar o Tiggo 7 Sport?

Desse modo, se a prioridade for espaço, porte, conforto e preço, a resposta tende a ser sim. Ele entrega muito mais do que os SUVs de entrada tradicionais e cobra menos do que vários SUVs médios.

Por outro lado, quem faz questão de tecnologias avançadas de assistência ao motorista ou consumo mais eficiente pode sentir falta desses itens.

Ainda assim, no equilíbrio geral, o modelo se consolida como um dos maiores custos-benefícios do mercado brasileiro atualmente, explicando por que se tornou um verdadeiro pesadelo para os SUVs de entrada.

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