Quanto Custa um VW Passat Pointer GTS 1988?

Você já parou para se perguntar quanto custa um VW Passat Pointer GTS 1988? Não é uma pergunta tão simples de responder, pois o preço de um clássico como o VW Passat Pointer GTS depende de muitos fatores, como originalidade, estado de conservação e quilometragem.

Fatores Que Influenciam o Preço

Em casos de carros clássicos colecionáveis, o preço da Tabela Fipe nunca deve ser considerado. No caso do Passat Pointer GTS 1988, por exemplo, ele está sendo cotado na Fipe por R$ 9.319,00, um valor totalmente ultrapassado que não condiz com a raridade do carro. Atualmente, ele pode ser comercializado por valores acima de R$ 50 mil reais, dependendo do estado.

História e Desempenho do Passat Pointer GTS

Referência em desempenho, o Passat TS foi objeto de desejo dos brasileiros na maior parte dos anos 70, mas sucumbiu na década seguinte frente à modernidade de rivais como Chevrolet Monza e Ford Escort. Para recuperar o prestígio perdido, a Volkswagen desenvolveu aquele que seria um de seus modelos mais cultuados: o Volkswagen Passat GTS Pointer.

O GTS Pointer surgiu como uma evolução do pacato Passat GTS de 1983, idêntico à luxuosa versão GLS com motor de 1,6 litro. Em junho de 1984, o elegante cupê desenhado por Giorgetto Giugiaro recebeu o novo motor de 1,8 litro, o mesmo que impulsionava o recém-lançado Santana. O torque subiu de 12,9 kgfm a 2.600 rpm para 15,2 mkgf no mesmo regime. O ganho em potência foi ainda mais expressivo e saltou de 82 cv a 5.200 rpm para 92 cv a 5.000 rpm.

Especificações Técnicas

Alcançou ótimos números de desempenho no seu primeiro teste: máxima de 162,89 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,39 segundos. Seu equilíbrio era igual ao do Passat TS em 1976: freios eficientes com boa modulação e sem desvios de trajetória.

Recalibrada, a suspensão aliava conforto e estabilidade com tendência ao subesterço no limite da aderência. Precisa, a direção tinha o peso correto em qualquer velocidade. Era a primeira vez que o Passat recebia rodas de 14 polegadas, a famosa Avus com pneus 185/60.

Conforto e Interior

Os bancos dianteiros eram fornecidos pela Recaro, anatômicos e com eficientes apoios laterais. O traseiro contava com dois encostos de cabeça e apoio de braço central. Entre os opcionais, estavam ar-condicionado e teto solar.

Mais leve, o GTS Pointer era muito mais ágil e comunicativo que o Santana. E era sensivelmente superior em espaço interno e porta-malas quando comparado ao Gol GT.

Atualizações e Sucesso de Venda

As atualizações de 1985 marcaram o renascimento do Passat, impulsionando suas vendas. Os para-choques metálicos foram substituídos por modelos plásticos envolventes, com indicadores de direção reposicionados. Lanternas traseiras ganharam frisos horizontais pretos, e o painel de instrumentos foi totalmente redesenhado. A principal novidade, porém, foi o câmbio de cinco marchas com escalonamento esportivo.

O Apogeu

O auge do desempenho do Passat GTS Pointer ocorreu em 1986, quando recebeu o motor do Gol GT, com comando de válvulas do Golf GTI alemão. Embora declarados 99 cv na ficha técnica para reduzir o IPI, a potência real era estimada em 105 cv.

Esse motor permitiu ao Passat superar o Gol GT e o Chevrolet Monza S/R, atingindo 170,61 km/h de velocidade máxima e acelerando de 0 a 100 km/h em 11,46 segundos. Além disso, era o mais econômico, com média de 7,36 km/l de etanol.

Produzido até 2 de dezembro de 1988, o Passat GTS Pointer deixou um legado de esportividade e sobriedade, sucedido pelo Santana GL 2.0 e o icônico Gol GTi.