O GWM Tank 300 estreou em abril de 2025 trazendo uma proposta única para o mercado brasileiro. Ele combina motorização híbrida plug-in com carroceria de chassi e tração 4×4 de verdade, o que faz dele um SUV raiz, mas com pegada moderna. Só que a maioria dos donos de SUVs roda quase sempre na cidade, enfrentando trânsito, rampas de prédio e vagas apertadas. Então, será que faz sentido ter um tanque desses no dia a dia urbano?
Design e porte
O Tank 300 mede 4,76 m de comprimento, 1,93 m de largura, 1,90 m de altura e tem 2,75 m de entre-eixos. Na prática, ele é um SUV médio, do porte de modelos como o Jeep Commander. Apesar do tamanho e da aparência robusta, é surpreendentemente tranquilo de usar em ruas e estacionamentos.
O vão livre de 22 cm ajuda bastante, já que evita aquela raspada de para-choque em rampas de garagem. O ponto negativo fica para a tampa do porta-malas com estepe pendurado e abertura lateral, que exige mais espaço para manobrar no prédio ou no shopping.
Espaço interno
As medidas externas enganam. Por dentro, o espaço é mais próximo ao de um SUV compacto. O porta-malas tem 360 litros, menos que o de vários concorrentes menores. O banco traseiro acomoda quatro adultos com conforto, mas quem tem mais de 1,80 m pode encostar a cabeça no teto por causa do teto solar.
O que agrada é a posição de dirigir, bem alta e vertical, que passa aquela sensação de estar em um 4×4 raiz. Para completar, o interior tem acabamento refinado, iluminação em LED e até vidros acústicos.
Equipamentos
A lista é digna de carro premium:
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Teto solar
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Bancos de couro com ajustes elétricos, aquecimento, ventilação e massagem
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Volante aquecido
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Multimídia de 12,3 polegadas
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Painel digital
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Carregador por indução
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Sistema de som com nove alto-falantes
No pacote de segurança, o Tank 300 traz seis airbags, faróis de LED, pacote ADAS, assistente de estacionamento e câmeras 360° com visão de chassi transparente, recurso útil na trilha.
Mecânica e desempenho
O conjunto é formado por um motor 2.0 turbo a gasolina e um elétrico, somando 394 cv e 76,4 kgf.m de torque. O câmbio é automático de nove marchas. Segundo a marca, o SUV vai de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos.
A bateria de 37,1 kWh garante até 75 km no modo 100% elétrico e pode ser recarregada em tomada comum ou em carregadores rápidos, onde vai de 30% a 80% em cerca de 24 minutos.
Na prática, o carro roda com conforto surpreendente no asfalto, com bom isolamento acústico e suspensão estável para um modelo de chassi. Só que, para tirar o melhor proveito do conjunto híbrido, é essencial carregar na tomada. Caso contrário, o consumo de gasolina aumenta consideravelmente.
Custos de manutenção e seguro
A garantia é de 5 anos para o carro e 8 anos para a bateria. As quatro primeiras revisões custam cerca de R$ 6.900, valor mais alto que o da linha Haval H6, mas compatível com a mecânica mais complexa.
No seguro, a simulação para um perfil padrão ficou em torno de R$ 4.200, um valor competitivo para um SUV desse porte e faixa de preço.
Vale a pena?
O GWM Tank 300 custa R$ 339 mil, o que o posiciona acima da maioria dos SUVs médios, mas abaixo de rivais diretos como Toyota SW4 e Mitsubishi Pajero Sport.
No dia a dia, ele surpreende pela suavidade ao rodar, pelo pacote tecnológico e pelo visual aventureiro. Para quem gosta de um carro com imagem forte e robusta, é uma boa opção. Porém, sua real vocação continua sendo a trilha e o fora de estrada.
O Tank 300 consegue entregar muito conforto e tecnologia sem perder a essência de um 4×4 de verdade. Na cidade, funciona bem, mas está longe de ser a escolha mais racional. Ele é ideal para quem quer estilo off-road aliado a luxo e potência, sabendo que o ambiente natural desse SUV ainda é longe do asfalto.
