Se depender da Stellantis, o mercado de SUVs compactos no Brasil está prestes a ganhar um novo concorrente de peso. O Jeep Avenger, um modelo que já faz sucesso na Europa desde o início de 2023, deve desembarcar por aqui entre 2025 e 2026. E a missão dele é clara: competir de igual para igual com os líderes do segmento, como Volkswagen T-Cross, Chevrolet Tracker e Hyundai Creta.
Para quem ainda não conhece, o Jeep Avenger — carinhosamente apelidado de “Pequeno Jeep” — é um SUV compacto com dimensões próximas a modelos como Fiat Pulse e Renault Kardian. Apesar de ser um novato por aqui, ele já está bem estabelecido em mercados internacionais. E, ao que tudo indica, ele pode ser o sucessor natural do Renegade no Brasil. Mas calma, fãs do Renegade! O modelo não vai desaparecer das lojas. Na verdade, ele ganhará uma nova geração em 2027, baseada na plataforma STLA Small, e passará a ocupar uma posição mais premium no mercado.
Dimensões e plataforma: um SUV compacto, mas cheio de personalidade
O Jeep Avenger é um SUV compacto que mede 4,08 metros de comprimento, 1,77 metros de largura, 1,52 metros de altura e tem 2,56 metros de entre-eixos. Para comparar, o atual Renegade é um pouco maior: 4,26 metros de comprimento, 1,80 metros de largura, 1,69 metros de altura e 2,57 metros de entre-eixos. Ou seja, o Avenger é mais curto, mais estreito e mais baixo que o Renegade, o que pode agradar quem busca um carro mais ágil e urbano.
Ele é construído sobre a plataforma CMP, a mesma utilizada por modelos como Peugeot 208, 2008 e até versões elétricas como o e-CMP. Na Europa, o Avenger já é oferecido com opções micro-híbridas (MHEV) e totalmente elétricas, mas no Brasil a história deve ser um pouco diferente.
Configurações para o mercado brasileiro: o que esperar?
Por aqui, o Jeep Avenger deve chegar com uma configuração adaptada ao nosso mercado. A aposta é que ele traga um motor 1.0 turbo flex, conhecido como Turbo 200, capaz de gerar até 130 cv e 20,4 kgfm de torque, combinado a um sistema micro-híbrido. Essa tecnologia de micro-hibridização já está sendo planejada para outros modelos da Stellantis, como o Fiat Pulse e o Fastback.
Outra possibilidade é a combinação do sistema MHEV com o motor Turbo 270, um bloco 1.3 flex que pode atingir até 185 cv e 27,5 kgfm de torque. Essa arquitetura permite que o motor de combustão seja desligado em situações de baixa demanda, como ao dirigir em velocidade de cruzeiro, o que contribui para uma maior economia de combustível.
Além disso, há rumores de que o Avenger pode trazer o sistema Bio-Hybrid da Stellantis, uma arquitetura híbrida convencional (HEV) que combina o motor 1.0 turbo flex com um propulsor elétrico de baixa capacidade. Será? Só o tempo dirá.
Estrutura interna: tecnologia e conforto
Dentro do Jeep Avenger, o acabamento parece estar à altura do que o segmento exige. O modelo traz um câmbio por botões no console central, uma tela grande para a central multimídia e outra para o cluster de instrumentos. Ou seja, ele promete ser um SUV compacto, mas sem abrir mão da tecnologia e do conforto que os brasileiros tanto gostam.
Produção no Brasil: Betim ou Porto Real?
A produção do Jeep Avenger no Brasil ainda é um mistério, mas há fortes indícios de que a fábrica de Betim (MG) o fabricará. No entanto, também não seria surpresa se a unidade de Porto Real (RJ) alocasse a produção. No Rio, a unidade produz modelos da família C-Cubed da Citroën. A Stellantis já anunciou um investimento de R$ 3 bilhões entre 2025 e 2030 na unidade fluminense, destinado a produzir um novo modelo baseado na plataforma CMP. Ou seja, o Avenger pode ser o grande beneficiado.
Um concorrente à altura
O Jeep Avenger promete sacudir o mercado de SUVs compactos no Brasil. Com um design moderno, tecnologia avançada e opções de motorização adaptadas ao nosso mercado, ele tem tudo para ser um concorrente de peso para modelos como VW T-Cross, Chevrolet Tracker e Hyundai Creta.
Se a Stellantis acertar na estratégia de preço e posicionamento, o Avenger pode conquistar um espaço importante no coração dos brasileiros. Enquanto isso, é só aguardar e torcer para que 2025 chegue logo!
