A Jeep deu início a uma nova fase de um dos seus SUVs mais importantes. A terceira geração do Compass já começou a ser produzida na fábrica de Melfi, na Itália, e isso vai muito além de um simples lançamento europeu. Na prática, o movimento antecipa o futuro do modelo em mercados estratégicos, como o Brasil.

A grande mudança está na adoção da plataforma STLA Medium, uma arquitetura moderna, modular e pensada desde o início para veículos eletrificados. Essa base será usada em diversos SUVs médios da Stellantis nos próximos anos, o que ajuda a explicar a importância desse novo ciclo.
O que muda no modelo europeu
Na Europa, o SUV estreia com uma gama bem variada de motorizações. Há versões e-Hybrid com 147 cv, opções híbridas plug-in de 198 cv e configurações 100% elétricas, que podem chegar a expressivos 380 cv, com tração integral e autonomia de até 650 km.
Além disso, o projeto recebeu atenção especial à eficiência aerodinâmica. O coeficiente de 0,29 é um número competitivo para o segmento e ajuda tanto no consumo quanto na autonomia das versões eletrificadas. Mesmo assim, o DNA da marca segue preservado.
Entre os destaques técnicos estão
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Plataforma STLA Medium, mais leve e preparada para eletrificação
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Opções híbridas e elétricas, com diferentes níveis de potência
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Coeficiente aerodinâmico aprimorado, focado em eficiência
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Interior mais tecnológico, com foco em conectividade e conforto
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Recursos off-road mantidos, como Selec-Terrain e boa altura do solo
Ou seja, a evolução é clara, mas sem abandonar aquilo que sempre foi um diferencial.
O que isso sinaliza para o Brasil
No mercado brasileiro, o Compass é um dos SUVs médios mais vendidos e um verdadeiro pilar da Jeep no Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco. Por isso, qualquer mudança global no modelo tem impacto direto por aqui.
A adoção da nova plataforma na Europa indica, de forma bastante clara, o caminho que será seguido também no Brasil. Ainda não há datas confirmadas, mas a expectativa é que a nova geração chegue a partir de 2026 ou 2027, acompanhando a transição da marca para uma linha cada vez mais eletrificada.
Inicialmente, é mais provável que o público brasileiro veja versões híbridas, alinhadas à estratégia atual da Stellantis no país. Já as opções totalmente elétricas tendem a ficar, ao menos no começo, restritas a mercados com infraestrutura mais avançada.
Um modelo global, com foco em tecnologia
A produção em Melfi reforça o caráter global do projeto. Desde 2014, a planta italiana já fabricou mais de 2,3 milhões de veículos da Jeep, e o SUV médio segue sendo vendido em cerca de 60 países.
Para o consumidor brasileiro, isso se traduz em um produto mais moderno, eficiente e tecnológico, mas que mantém o posicionamento que consolidou o modelo no segmento. A nova base estrutural abre espaço para mais eletrificação, melhor desempenho e evolução em sistemas de assistência e conectividade.
Em resumo, o início da produção na Itália não é apenas uma novidade europeia. Trata-se do primeiro sinal concreto da próxima geração que deve desembarcar no Brasil nos próximos anos. A promessa é de um SUV médio mais eficiente, alinhado às novas tendências do mercado, sem abrir mão da identidade que o tornou uma referência por aqui.