O Hyundai Tucson está de volta com tudo no Brasil, e parece que veio para ficar. Depois de um acordo com a Caoa, a marca coreana está reorganizando suas estratégias e preparando uma série de lançamentos que prometem sacudir o mercado nacional. Um dos destaques é o Hyundai Tucson 2026, um SUV médio que promete ser um verdadeiro concorrente para o queridinho Jeep Compass. Mas será que ele tem mesmo o que é preciso para roubar a cena?
O que esperar do novo Tucson?
O Hyundai Tucson não é nenhum novato no mercado. Desde seu lançamento em 2004, já emplacou mais de 7,5 milhões de unidades ao redor do mundo. Agora, a quarta geração do SUV está chegando com tudo, e a novidade é que ele será produzido no Brasil, na fábrica da Caoa em Anápolis (GO), entre 2025 e 2026. E tem mais: essa nova geração será híbrida, um movimento estratégico para enfrentar a onda de SUVs chineses que estão invadindo o mercado brasileiro.
Design: Familiar, mas com toques modernos
À primeira vista, o novo Tucson pode até parecer familiar, mas uma olhada mais atenta revela detalhes que mostram a evolução dos carros coreanos. A frente mantém a identidade da marca, mas é no interior que as mudanças são mais impactantes. A geração anterior tinha uma tela central separada do painel de instrumentos, mas agora o Tucson traz duas telas curvas de 12,3 polegadas, integradas em uma única moldura. O visual é moderno e sofisticado, seguindo a linha de outros modelos da Hyundai, como o Kona e o Santa Fe.
A central multimídia vem com conectividade Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de suporte para atualizações remotas. E para quem gosta de praticidade, o Tucson ainda mantém botões e alavancas físicas para funções como navegação, controle de mídia e ar-condicionado. Outro detalhe que chama a atenção é o head-up display de 12 polegadas, que projeta informações importantes diretamente no para-brisa.
Conforto e espaço: Ideal para a família
O interior do Tucson foi pensado para oferecer conforto e praticidade. Os bancos dianteiros são amplos e oferecem bom apoio lateral, enquanto os traseiros são mais altos que os da frente, proporcionando uma vista melhor do exterior. As portas traseiras abrem em um ângulo de quase 90 graus, o que facilita o acesso, especialmente para quem carrega crianças ou bagagens.
No entanto, há um ponto que poderia ser melhorado: o assento central da segunda fileira é um pouco duro e tem um encosto de braço proeminente, o que pode ser desconfortável em viagens mais longas. Já o porta-malas oferece 616 litros de capacidade na versão plug-in (PHEV), 577 litros na híbrida leve e 558 litros na versão a gasolina. Ou seja, espaço não vai faltar para levar a família e as bagagens.
Motorização: Potência e eficiência
A versão PHEV (plug-in) do Tucson traz uma motorização emprestada do novo Santa Fe. O SUV combina um motor 1.6 turbo de 160 cv com um motor elétrico de 98 cv, resultando em uma potência combinada de 252 cv e um torque de 37,4 kgfm. Com isso, o Tucson PHEV consegue ir de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos e atingir uma velocidade máxima de 186 km/h.
A entrega de torque é mais intensa em acelerações intermediárias, como retomadas de 60 a 120 km/h, e o câmbio automático de seis marchas ajuda em situações que exigem respostas mais rápidas. Além disso, o Tucson oferece vários modos de condução, incluindo o modo elétrico, que permite rodar até 63 km (segundo o ciclo WLTP) sem gastar gasolina. Em condições ideais, a Hyundai afirma que é possível chegar a 80 km de autonomia elétrica.
Recarga e consumo: Praticidade no dia a dia
Recarregar o Tucson PHEV é simples: em uma tomada de 7,4 kW, a bateria de 13,8 kWh é carregada completamente em duas horas. Já em uma instalação doméstica convencional, o processo pode levar uma noite inteira. Para maximizar a eficiência, o SUV conta com três níveis de frenagem regenerativa, que ajudam a manter a bateria carregada por mais tempo.
Em testes práticos, o consumo de combustível no modo híbrido foi impressionante: 33,3 km/l. Já a autonomia no modo elétrico ficou em 48 km, um pouco abaixo do anunciado pela marca, mas ainda assim bastante interessante para o dia a dia.
Um concorrente à altura do Compass?
Dessa forma, o Hyundai Tucson 2026 chega com tudo para competir de igual para igual com o Jeep Compass. Com um design moderno, interior tecnológico, motorização híbrida eficiente e um espaço interno generoso, o SUV coreano tem tudo para conquistar o público brasileiro. A produção nacional e a chegada da versão híbrida plug-in são diferenciais importantes, especialmente em um mercado cada vez mais preocupado com sustentabilidade e eficiência energética.
Se a Hyundai conseguir manter um preço competitivo e uma rede de assistência técnica à altura, o Tucson pode, sim, tirar o sono do Compass. Resta agora esperar para ver como o mercado vai receber esse novo concorrente. Uma coisa é certa: a briga pelo título de melhor SUV médio do Brasil está só começando.
