Lembra daqueles carros que marcavam época? Aqueles que todo mundo tinha ou queria ter? Pois é, nos anos 1980, a Chevette Marajó era exatamente isso. A versão station wagon (ou “perua”, como a gente chama por aqui) do já lendário Chevette era o sonho de consumo de quem precisava de espaço sem abrir mão da dirigibilidade ágil que o modelo oferecia.

Produzida entre 1980 e 1989, a Marajó conquistou o Brasil com seu visual charmoso e versatilidade. Mas e se, em pleno 2026, a Chevrolet resolvesse trazê-la de volta? Será que uma perua moderna ainda teria espaço num mercado dominado por SUVs? Vamos explorar essa ideia e imaginar como seria a Chevette Marajó SL/E 2026.
A Era de Ouro das Peruas no Brasil
Antes de falar do futuro, é preciso entender o passado. A Chevette Marajó surgiu em um momento em que as peruas eram sinônimo de status e praticidade. Diferente dos SUVs de hoje, que priorizam altura e visual robusto, as station wagons eram baixas, aerodinâmicas e super espaçosas – perfeitas para famílias, viajantes e até quem trabalhava com carga leve.
A Marajó foi lançada em quatro versões, cada uma com seu público:
-
A L (Luxo) era o modelo mais básico, mas mesmo assim vinha bem equipada para os padrões da época.
-
A SL (Super Luxo) trazia mais conforto e alguns mimos extras.
-
A SE (Special Edition) aparecia em edições limitadas, com detalhes exclusivos.
-
Já a SL/E (Super Luxo Especial) era o topo de linha, com acabamento premium e tudo que havia de melhor.
Sob o capô, os motores variavam entre 1.4 e 1.6 litros, com opção a álcool ou gasolina – uma característica forte da indústria automotiva brasileira na época. Apesar do sucesso, a produção da Marajó foi encerrada em 1989, dando lugar à Chevrolet Ipanema, baseada no Opel Kadett E.
O Declínio das Peruas e a Ascensão dos SUVs
Nos anos 1990 e 2000, as peruas ainda tinham seu espaço. Modelos como a Volkswagen Parati e a Chevrolet Caravan continuavam populares, especialmente entre quem precisava de um carro versátil e espaçoso.
Mas então veio a febre dos SUVs, e o mercado mudou. Os consumidores passaram a preferir carros mais altos, com visual de “aventureiro”, mesmo que muitos SUVs compactos nem sempre ofereçam mais espaço interno que uma boa perua.
Hoje, apenas algumas marcas ainda mantêm o conceito de station wagon, como a Volvo com a V60 e a Mercedes com a Classe C T-Model. No Brasil, porém, as peruas praticamente desapareceram. Será que ainda há espaço para um retorno triunfal?
A Chevette Marajó 2026: Como Seria?
Imaginar uma Chevette Marajó moderna é um exercício de nostalgia e criatividade. Como a Chevrolet poderia atualizar esse ícone dos anos 80 para os dias de hoje?
Motorização: Potência e Economia
Os motores da Marajó original eram eficientes para a época, mas hoje precisariam de um upgrade. A versão 2026 poderia oferecer um 1.0 Turbo Flex, equilibrando desempenho e consumo, ou um 1.4 Turbo Flex para quem quer mais potência.
E por que não ousar? Uma versão híbrida ou elétrica poderia ser um diferencial ecológico, atraindo quem busca tecnologia sustentável.
Design: Respeitando o Passado, Mas com Toque Moderno
A frente poderia resgatar os faróis quadrados do original, mas com tecnologia LED e linhas mais agressivas. A grade dianteira ganharia um visual mais esportivo, enquanto a traseira manteria o formato clássico de perua, porém com lanternas em LED e um acabamento mais refinado.
Interior: Conforto e Tecnologia
Nada daquele painel de plástico duro dos anos 80! A Marajó 2026 teria um interior premium, com tela central multimídia, painel digital, assistente de voz e conectividade total. Bancos em couro, sistema de som de alta qualidade e acabamentos em materiais macios completariam o pacote.
Segurança: Tudo que um Carro Moderno Precisa
Para competir hoje, ela precisaria vir com freios a disco nas quatro rodas, controle de estabilidade, airbags frontais e laterais, câmera de ré e assistentes de direção. Versões topo de linha poderiam até trazer piloto automático adaptativo.
Preço: Será que Caberia no Bolso do Brasileiro?
Se fosse lançada hoje, a Marajó 2026 teria que brigar com SUVs como o Tracker e sedãs como o Onix Plus. Um preço entre R$ 120 mil e R$ 150 mil a colocaria como uma opção interessante para quem busca espaço, estilo e tecnologia.
Um Retorno que Faria Sucesso?
A Chevette Marajó foi um ícone, e sua versão moderna certamente despertaria nostalgia e curiosidade. Em um mercado saturado de SUVs, uma perua bem executada poderia ser um respiro criativo – um carro que une praticidade, estilo e história.
E você, compraria uma Marajó 2026? Acha que as peruas ainda têm espaço no mercado atual? Deixe sua opinião nos comentários! Quem sabe a Chevrolet não se anima com a ideia e traz esse clássico de volta às ruas?